“Antes que os montes nascessem, ou que tu formasses a terra e
o mundo, sim de eternidade tu és Deus.” (Salmos 90:2).
Quer dizer se olharmos para o ponto mais distante atrás de
nós no passado, até onde a nossa mente possa alcançar, Deus já estava lá. Se
olharmos para um ponto mais distante de nós no futuro onde a nossa imaginação
consiga chegar, o Senhor já estará lá também. Não existe um ponto na linha do
tempo, seja no presente, no passado e no futuro onde o Senhor não reine absolutamente. “Deus
é atemporal”.
O tempo para Deus não tem o mesmo sentido e a mesma conotação
que tem para nós. Pois enquanto nós estamos totalmente sujeitos as horas, dias,
períodos, meses, anos, séculos, gerações e eras, Deus está totalmente livre da
temporalidade e seus acasos. Ele reina soberanamente de uma eternidade até a outra eternidade.
No pensamento da época, os montes eram o símbolo mais forte de durabilidade,
permanência e estabilidade, e era o símbolo do antigo e o eterno. Pois, os séculos
passavam, os grandes rios e mares sofriam mudanças e alteração, os céus
variavam periodicamente, os homens e animais passavam, a vegetação era constantemente
demudada. Até a terra era alterada e tudo se acabava ou era removido do seu
lugar, menos os montes, eles eram sólidos, inalteráveis e inflexíveis.
Estes mesmos montes figuravam o palco da passageira história
da vida de Moisés e testemunhavam a saga daquele velho pastor de pele queimada
pelo sol do deserto, de barbas brancas alvoroçadas pelo vento. Este homem
cujas mãos sustentava e era sustentado por seu cajado e a alma alimentada pelas
lembranças e experiências de um passado que já não voltava mais. Este alegre homem de olhar distante que
parava no meio do deserto, olhava para os céus acima dos montes por alguns
segundos até onde suas vistas agüentavam o forte clarão do sol e logo após
baixava a sua cabeça, se firmava no seu cajado e continuava a sua caminhada. Andando
frente do seu povo cujo cortejo formava uma grande procissão, de velhos,
adultos, jovens e crianças sem lugar seguro e nem uma “real direção”. Por mais que lhe era sempre cobrado os detalhes e quem nem sempre ele conseguia responder,
pois nem ao menos sabia qual seria o próximo passo, mas apenas tinha que
prosseguir seguro em uma palavra que lhes garantia a aquisição de uma grande
promessa: uma terra que “mana leite e mel”.
Os antigos montes
foram testemunhas da história de um homem. Aos seus olhos sua missão não deu certo, olhos do mundo também não deu certo e no futuro de forma alguma daria certo. Estes que eram o
símbolo de eternidade testemunharam à história de um homem que não foi
reconhecido pelo seu povo e pelo seu tempo, a história de um homem que só andou
em círculos e não chegou a lugar algum. A história de um homem e sua cultura, a
história de um homem e seu povo, a história de um homem e seu Deus, a história de
um homem e seus conflitos. A história de um homem que era grande por fora, mas
muito pequeno e limitado por dentro, a história de um homem cujos sonhos ultrapassavam
a compreensão de sua época.
Moisés foi um homem que experimentou a vitória e a derrota, a
alegria e a tristeza, o regozijo e a dor, a exaltação e a insatisfação, a
riqueza e a pobreza, a glória e a queda, o amor e o ódio, a dúvida e a fé, mas
não experimentou a velhice, nem a caduquice, e nem a antiguidade.
Ele não experimentou o tradicionalismo dos grandes e exuberantes montes ao seu redor com os quais ele
não se comparava. Simplesmente porque ele era testemunha viva de que Deus era
antes dos montes, da terra e do mundo e declarou no seu deserto que a sua
fortaleza era eterna e “de eternidade a eternidade tu és Deus”. Mil anos depois
disto os montes continuaram famosos pela sua exuberante glória, por ornamentar
cânticos, poemas, profecias e salmos. O salmitas disse: “Os que confiam no Senhor serão como os montes de Sião,
que não se abalam, mas permanecem para sempre.” (Salmos 125:1). Porem Moisés já nesta época se tornou mil vezes mais
importante para a história do mundo do que o próprio monte de Sião, do que todos os montes do mundo. E incalculavelmente
importante para toda humanidade até hoje e se estenderá assim até a consumação dos
séculos.
Moisés aprendeu a servir aos propósitos de Deus no seu tempo,
se tornou grande, poderoso e imbatível homem de Deus durante toda sua
existência. Ninguém pode se suster diante de sua presença. Além de suas lutas,
além de suas insatisfações, além das suas divagações no deserto escaldante que
ele viveu na sua existência de vida, Moisés era homem de Deus como eu e você, por isso é que ele não colecionou na sua carreira derrota para homens.
Bem que eles tentavam, agiam traiçoeiramente, mas o Senhor os espalhava como o vento e os fazia murchar como a erva. Moisés era temido, mas não temai ninguém e circunstância nenhuma, se não somente a Deus. E Deus o fez mais duro, forte e
resistente que os montes.
Independente dos tempos e dos montes diz o Senhor: “Assim como fui com Moisés assim serei contigo, não te
deixarei e nem te desampararei todos os dias de tua vida”. (Josué 1:5). Ele não viu e talvez
nem soubesse que ninguém poderia superá-lo. Nem faraó e seu grande exêrcito,
nem os amorreus, nem mar símbolo de insuperável poder pode resistir diante de
sua face. Teve que se abrir diante dele, os perversos reis de Canaã se
sujeitaram a ele. E até os dias de hoje
e assim Deus será contigo, “Disse o Senhor a Moisés: por que clamas a mim? Moisés, diga aos filhos de Israel que marchem" (Êxodo 14:15). Por que clamas a mim?
Deus abrirá o mar pela "sua palavra" e removerá os montes diante dos teus olhos.
Em nome de Jesus!!!
Deus preparou este momento e todo o contexto em que se situa a sua história e este tempo é o tempo mais especial da sua vida, hoje eu digo, por mais dificil que pareça para você. Mas, saiba que as lutas e as aflições memo que pareçam não são o seu fim, mas o inicio de algo muito maior e muito mais além do que você espera para sua vida e para seu futuro. O Senhor é contigo como foi com Moises, a tua história é dificil como foi a de Moisés, mas o Senhor te exaltará acima dos montes e do tempo como exaltou a Moisés.
Deus te abençoe em nome de Jesus!
Pr. Antonio Cesar
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